tradutor
sábado, 24 de março de 2012
Quinto dia, 17 templos visitados, quase 100 km
Konichiwa!
Primeiro peço desculpas porque apareceram dois posts publicados com o mesmo texto e diferentes títulos. Não sei como isso aconteceu e também não consegui apagar um dos dois textos repetidos. Paciência.
Depois de dois dias iniciais bastante tranquilos com tempo bom e terreno plano, no terceiro dia começou a pirambeira das montanhas de Shikoku. E tambem um pouco de chuva.
Eu sinto que estes primeiros cinco dias serviram para começar a conectarme com o caminho. Possodizer agora que não tem nenhum problema com a lingua, graças à hospitalidade do povo japonês. E também um receio que eu tinha em relação à sinalização sumiu completamente: o caminho está muito bem sinalizado: setas vermelhas, pedras, placas.
Também ficou claro que o número de templos quepodem ser visitados vai variar muito entre um dia eoutro. Aqui tem dias em que visita varios templos que estão bem perto um do outro e tem dias em que da para visitar somente um. E ja olhei no mapa e mais para frente tem trechos nos quais tem 3 ou 4 dias de caminhada entre um templo e outro.
Destes últimos posso lembrar da visita ao templo 12, no alto de uma montanha.
A caminhada foi dura mas valeu a pena.
Um lugar lindo!
Pernoitei no templo, que tem quartos bem simples, estilo bem japonês.
Estava muito frio quando cheguei e fui recebido por uma japonesa bem velhinha, uma vovozinha bem simpática e sorridente, que me mostrou o quarto bem quentinho e depois me chamou para avisar que tinha preparado um banho quente numa banheira... Muito bom! E depois um jantarzinho japonês nota 10.
No templo 13 também instalações bem simples, recepção acolhedora e pela manhã, às 6:00, me chamaram para participar de uma cerimonia budista muito linda.
Participei de uma cerimonia no templo 6 e outra no templo 13. Ambas muito simoles e Bem diferentes uma da outra. Mas há algo em comum que me chamou a atenção: o fato de eu não ser budista não é nenhum problema. Me convidaram, foram explicando os rituais, e, algo que não vou conseguir transmitir em palavras, um clima leve e de paz.
Também nestes primeiros cinco dias comecei a sentir como é bom isitar os templos, parar, fazer as orações, conversar com as pessoas. Faz parte desta peregrinação. Não se trata somente de andar uns 1.200 km e colecionar 88 selos num caderno. Cada parada nos templos é um momento único. Tem templos bem simples, outros maiores. Tem lugares em que você chega e faz as preces sozinho. Tem outros em que encontra com grupos, ond e tem um clima de celebração. Tem grupos que entoam mantras juntos, e nesses casos eu tenho ficado junto e sentido uma energia muito boa. E não há rigidez. Eu vou aprendendo a cada dia um pouco ais sobre os procedimentos, tem vezes que erro algum detalhe. Mas tudo bem. Isso não é um grande problema. O que importa é fazer as coisas de coração. Tem sido muito bom para mim o momento em que sento em algum lugar do templo e escrevo os pedidos, tanto os meus como os que tem enviado para mim. E podem continuar enviando, que eu passo o recado para Kobo Daishi. As paradas ns templos fazem com que o dia passe leve. E eu, que não tenho o hábito de orar, estou gostando. Por falar nos templos, vou tentar descrever num mapa e com fotos o que é um templo. A primeira coisa a dizer é que o que é chamado de "templo" é como se fosse um parque, um grande jardim. Não é um lugar fechado. Cada templo é diferente do outro mas todos tem basicamente alguns elementos em comum: um portal com dois guardas, uma pequena fonte de água onde a gente lava as mãos para purificar, uma casa principal que é a morada de alguma dos deuses que tem a ver com a historia de cada templo, a casa de Kobo Daishi e o escritório onde é colocado o selo. Em frente a cada uma das casas também tem um lugar ara colocar as velas, os incenzos, a caixa prateada para os pedidos e uma caixa para as doações. E todo o ritual das orações é feito ao ar livre, sempre do lado de fora das duas casas. Fora esses elementos básicos em alguns templos tem lagos com carpas, lojinhas com venda de souvenirs, outras construções, alguns tem alojamentos.
Ainda não sei quase nada de budismo mas o que posso dizer é que, diferente das religiões qe eu conhecia, me parece muito aberta e tolerante. E simples de seguir, baseada no bom senso. E ja vi muitos templos budistas e xintoístas um do lado do outro ou mesmo os dois dentro da mesma área. E parece que por aqui essa convivênca é mesmo muito pacífica e muita gente segue as duas religiões na boa.
Vou tentar pesquisar um pouco mais sobre o budismo shingon, que é a corrente Kobo Daishi , e postar algo por aqui.
E, se alguém que estea lendo este blog quiser me perguntar algo sobre o Japão, Shikoku, budismo, fique a vontade. Não sei se vou conseguir responder mas vou tentar.
Arigatou gozaimazu!
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ResponderExcluirVovozinha = Batiam
Banho quente na banheira = Ofurô